“Poema para se guardar pelo resto da vida”
Na noite que antecederá
o fim do mundo
passarei contigo
no cume da montanha
mais quente do Himalaia.
Em meu braço como travesseiro
deitará seus cabelos longos,
falando do que você quisesse:
dos
sonhos impossíveis
dos
segredos das rochas,
dos dias secretos das flores
ou então nos calariamos
neste silêncio
contemplaria tua beleza mais linda que os acordes sinfônicos
das estrelas
balançaria-te no balanço
dos parques,
roçando meu rosto
no perfume de teus
cabelos esvoaçantes
soprado
pelos últimos dos ventos.
Ouviria seus sorrisos,
Massagearia teus pés
E enquanto dormias
Beijaria teu rosto
Para que quando acordasse .
o
beijo negado
Esperado
Ainda não fosse
Nesta noite mágica, única, insensata
sob as mensagens
das embalagens
dos bombons de Serenata
tomaríamos um sorvete politicamente incorreto
Teus olhos confortaria-me do que vão dizer:
Mas de que importa?
Este não é o último dia antes do fim do mundo?
Não, não tocarei seu
corpo,
a não ser no instante final
A carne é de quem ama menos
E eu...você sabe,
doce Vênus sideral
Daqui a pouco não existirá nenhum anatéma,
nem tampouco passado
só o tempo para observar seu rosto
e recitar um poema
de um poeta não publicado:
Teu sorriso é grande!
Maior
só a felicidade
da minha boca
silenciando a tua
em segundos de
de amor eterno.
E ao fim de tudo
no cume da montanha
onde não há inverno
na manhã do primeiro
dia do fim mundo,
de tudo acabado,
perceberiamos que tudo
tudo tinha recomeçado
Salvaríamos a
humanidade
na poesia recitada sobre a
grandeza de seu
espírito
Roçaria em meu rosto
teu cabelo
teu perfume
para anunciar
o fim das utopias
no resto do novo mundo,
onde cada segundo
serão
os minutos de nossos dias.
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